Artigo/Notícia

Realizado Encontro Diocesano da Pastoral do Dízimo

A Pastoral do Dízimo promoveu no último dia 18 de julho o Encontro Diocesano, envolvendo todas as coordenações paroquiais. É um encontro anual que tem como objetivo fortalecer os agentes com o estudo e aprofundamento desta temática tão importante para a vida da Igreja.

Uma das motivações vem do Documento 106 da CNBB que nos diz: “A formação dos agentes de pastoral é vista como indispensável. Recomenda-se que se invista com ousadia nessa área. É preciso que essa informação seja integral, contemplando os aspectos espiritual (bíblico-teológico), humano (incluindo elementos de relações humanas e de comunicação é indispensável que os agentes estejam preparados para o correto contato com as pessoas e para oferecer aos fiéis as explicações e os esclarecimentos que sejam necessários” (nº 64).

O encontro foi assessorado pelo bispo referencial da Pastoral do Dízimo da Igreja no Paraná – Regional Sul 2, D. Bruno Elizeu Versari. Ele conduziu a reflexão sobre o tema “O Dízimo em tempos de pandemia”, percorrendo o caminho histórico onde destacou, em linhas gerais, como o Dízimo foi abordado desde o Gênesis até nossos dias.

D. Bruno destacou que, até a Proclamação da República, a Igreja do Brasil, recebia repasses do governo para a sua manutenção. A partir de 1889, os dízimos passaram a ser chamados de “impostos”, e a igreja ficou sem os recursos que antes eram repassados pela coroa para a manutenção das estruturas já existentes, para a construção de novas igrejas e despesas de modo geral, passando assim a sobreviver através de doações de benfeitores e dos fiéis por muitos anos. Aos poucos, surgiram outras maneiras de subsistência, através da realização de festas, bingos, leilões, quermesses, doações de países europeus, entre outros. Diante de tal situação a Igreja buscou fomentar a introdução de novo sistema de contribuições dos fiéis, restaurando de certo modo a antiga prática dos Dízimos.

Foi elaborado pela CNBB o “Estudo da CNBB 8 – Pastoral do Dízimo” no ano de 1975. Pela data, revela como a temática do Dízimo é recente na história da Igreja no Brasil. Somente em 2016, a CNBB elaborou o Documento 106 – “O Dízimo na comunidade de fé: orientações e propostas”. Outro material importante que foi elaborado a partir do Documento 106, como subsídio para a Pastoral do Dízimo teve sua publicação em 2019, com o título “O Dízimo e a Pastoral do Dízimo”.

D. Bruno destacou aos participantes do encontro que “Dízimo é um compromisso de fé e não um percentual” e convidou a todo cristão ser um dizimista fiel e comprometido com a Igreja, e que para ser um dizimista é preciso observar os três princípios do Dízimo: a conversão, a fidelidade e a pertença. Para isso o fiel precisa “fazer a experiência” como está escrito no Antigo Testamento no Livro de Malaquias (Ml 3,10).

A coordenação diocesana da Pastoral do Dízimo agradece imensamente a D. Bruno pela disponibilidade e pela grande contribuição que ofereceu às lideranças, compartilhando seus conhecimentos e sua experiência, bem como apontando novas possibilidades. Eventos como este fortalecem a caminhada enquanto agentes de pastoral e como cristãos autênticos. Gratidão também ao Pe. Neimar Aloísio Troes, assessor diocesano da Pastoral do Dízimo, que com seu apoio incondicional não mede esforços para divulgação e evangelização através do Dízimo e assim estimula e anima os agentes na caminhada de Igreja. Da mesma forma, a coordenação diocesana estende os agradecimentos aos padres e coordenadores de todas as Paróquias que se mobilizaram e se empenharam para que suas lideranças tivessem a oportunidade de participar desta formação. Que Deus seja glorificado por tudo!