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Diocese de Toledo lembra os 15 anos de falecimento de Frei Euzébio Ferreto (FMM)

Neste dia 17 de abril, fazemos a memória de Frei Euzébio Ferreto, da Congregação dos Frades Menores Missionários (FMM), que nos deixou há 15 anos. Frei Euzébio foi um religioso muito querido pelas comunidades por onde passou. Em Toledo, sua trajetória presbiteral se desenvolveu junto a Paróquia Menino Deus, no bairro Jardim Porto Alegre, bem como no Seminário Nossa Senhora de Fátima, pertencente à Congregação.

Sua atuação junto à Paróquia Menino Deus foi sempre louvável. Pela Paróquia atuou duas vezes: de 2 de janeiro de 1980 a julho do mesmo ano como pároco, e entre 6 de agosto de 1993 até 1995 como administrado paroquial desta.

Frei Euzébio nasceu em Alfredo Chaves, município de Veranópolis (RS), em 10 de maio de 1922. Entrou no Seminário em 25 de janeiro de 1935, na sua cidade. Sua vestição para o Noviciado ocorreu em Flores da Cunha no dia 1º de março de 1940. Fez a Profissão Religiosa Temporária em 7 de março de 1941, em Flores da Cunha, e sua Profissão Perpétua em Garibaldi no dia 8 de março de 1944. Foi ordenado sacerdote em 13 de julho de 1947 em Garibaldi, também no Rio Grande do Sul, por D. José Baréa.

No histórico da Congregação dos Freis Capuchinhos encontramos o seguinte relato acerca do Frei Euzébio: “Chegou em Assis Chateaubriand- PR – em agosto de 1973. Faleceu em 17 de abril de 2006 (na pascoela) em Toledo – PR.

 

Serviço Missionário:

1948: Vigário Paroquial em Garibaldi

1949: Vigário Paroquial em Veranópolis

1950-52: Pároco em Garibaldi

1952-53: Missionário no Rio Grande do Sul e São Paulo com Frei Bernardino nas peregrinações com Nossa Senhora de Fátima. Ecônomo e Superior em Marajoara, Membro do Conselho Presbiteral de Tubarão. Participou da fundação da Rádio Garibaldi.

1953-56: Pároco em Pompéia

1956-73: 1º Pároco de Maracajá (SC), na Paróquia Imaculada Conceição.

 

Como membro dos Frades Menores Missionários:

1973: participou da fundação dos Frades Menores Missionários (15.08). Pregou missões em Paranavaí, Bituruna, Porto Vitória, Paróquia Nossa Senhora do Rocio (União da Vitória), com Frei Bernardino, e em General Carneiro, de outubro a dezembro de 1973.

1974: Vigário Paroquial na Paróquia São Francisco de Assis, em Assis Chateaubriand. Neste mesmo ano ainda pregou missões em Barbacena (MG).

1975: Recebido como “Irmão remido da Terra Santa” (01/05/1975).

1976: Pregou Missões nos Estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Minas Gerais e no Paraguai.

1978: Recebeu o título de Cidadão Honorário de Maracajá (SC).

1979: Reitor do Seminário Nossa Senhora de Fátima, em Toledo

1982: Eleito 3º Conselheiro Geral da Congregação (25/08). Guardião da comunidade do Seminário Nossa Senhora de Fátima, e confirmado como Reitor do Seminário, além de assumir também como Vigário da Paróquia Menino Deus.

1991-92: Diretor Espiritual dos Seminaristas em Toledo.

1993: Nomeado 4º Conselheiro Geral da Congregação

1996: Recebeu reconhecimento pela participação na divulgação da Mensagem de Nossa Senhora de Fátima. Era profundo devoto de Nossa Senhora de Fátima, propagando continuamente a oração do Rosário.

Lecionou durante muitos anos Latim e Espiritualidade aos seminaristas menores de Toledo. Firme nas aulas de Latim. Severo, mas facilmente voltava a brincar.

No histórico da Congregação consta que “continuou por alguns anos como profícuo pregador de Santas Missões em muitos Estados do Brasil. Quando nos Capuchinhos, foi companheiro do famoso pregador Frei Bernardino.

Boa parte de sua vida nos FMM dedicou à formação dos seminaristas menores no Seminário Nossa Senhora de Fátima em Toledo. Foi reitor, professor, diretor, além de Conselheiro da Congregação, vigário paroquial e Guardião da comunidade.

 

Seu testemunho de vida:

Atendia dezenas de pessoas a cada dia, que vinham confessar-se, pedir bênçãos, aconselhamentos e orientações medicinais. Visitava doentes, pessoas que requeriam sua presença sacerdotal franciscana, e a todos atendia com solicitude. Nunca despedia um pobre de mãos vazias.

Frequentemente viajava ao Mato Grosso substituindo párocos em viagens, especialmente para Araputanga e Mirassol do Oeste, onde passava mais de mês evangelizando o povo de Deus. Mesmo acima dos 80 anos de idade, não media esforços para fazer de ônibus viagens de 2 mil km em resposta às necessidades missionárias.

Propagava com muito entusiasmo e testemunho pessoal a oração do Rosário. Quem viajava a seu lado, mesmo por curta distância era convidado a participar de sua devoção mariana.

Profundo adorador da Eucaristia, sempre encontrava espaços de tempo para adorar o Santíssimo Sacramento.

Venerava e fazia mais conhecido e amado o Sagrado Coração de Jesus, e incentivava as práticas do Apostolado da Oração.

Mostrava-se sempre bem-humorado e disposto, firme e decidido. Era dedicado em tudo o que fazia. Muito disciplinado, até mesmo na postura de andar e sentar-se, e educava os formandos nas práticas do bom comportamento. Caminhava normalmente rápido, aprumado, quase sempre desfiando o santo terço. Laborioso e orante, sabia também dosar sua vida missionária com os amigos em alegres pescarias e umas boas carteadas. Também gostava de jogar cartas com os confrades e seminaristas, mostrando ali o encanto de sua alma franciscana alegre e simples.

Nos últimos anos de sua vida continuou atendendo as pessoas, através de orientações espirituais e medicinais, curando muitos enfermos. Ficou conhecido por toda a região como “o Frei que dá bênção e dá remédio”.

Faleceu com fama de santidade na segunda-feira de Páscoa (Pascoela). Na véspera, Domingo de Páscoa, ainda celebrou piedosamente três missas em lugares diferentes.

Seu velório foi uma grandiosa manifestação de fé, amizade e gratidão reunindo uma grandiosa e comovida multidão.

 

Frases que o marcaram:

“Vamos rezar, minha gente! Vamos rezar o terço”!

“Vamos trabalhar! Quem dorme na palha é gorgulho”! 

“Nada de gelado, pouco vinagre, pouco sal e pouco óleo! ”

Foi condecorado com o título de cidadão honorário do Município de Toledo em 24 de novembro de 2000 por indicação do então vereador Luiz Adalberto Beto Lunitti Pagnussatt. Na indicação do título menciona-se que “sua firme atuação em atividades religiosas e comunitárias deixam claro que o mesmo é merecedor dessa honraria”.