Artigo/Notícia

A importância da leitura para o desenvolvimento humano

A leitura é um dos instrumentos de inclusão do cidadão na sociedade. Por meio dela, somos capazes de desenvolver competências e habilidades que nos permitem aprender, ensinar, ampliar os horizontes do saber, bem como, contribuir para a promoção da justiça e igualdade, já que, desta forma, aperfeiçoamos o senso crítico.

A intencionalidade é promover a aptidão de discernir discursos, informações e ler o mundo e tudo que o cerca, com eficácia, sem julgamentos precipitados ou de senso comum. Desse modo, através de revistas, livros, mídias digitais e outras ferramentas, produz-se uma gama extensa de conteúdos que se transformam em conhecimento adquirido.

Além de nos entretermos, podemos, principalmente, nos instruir com temas produtivos, impactando nossas ações relacionadas ao outro, a empatia, a transformação. E, se almejamos viver em um mundo melhor, temos que exercer o nosso pertencimento a ele e como podemos atuar para esta mudança, através da ampliação do conhecimento.

Nas instituições educacionais, muitos projetos e programas são voltados ao incentivo à leitura. Mas, não é apenas em áreas acadêmicas que temos elementos para o desenvolvimento deste hábito. Para alcançá-lo, constrói-se desde criança uma disciplina leitora, capaz de entender que, tudo aquilo que absorve-se, transforma-se em informação, crescimento pessoal, intelectual, profissional e humano.

Assim, como hábito, tanto para a criança, jovem e adulto, torna-se fonte de prazer, de conteúdo, de efetivação da aprendizagem, que fortalece a motivação para continuidade desse processo. No mercado de trabalho, por exemplo, um dos diferenciais de um bom candidato é seu potencial leitor visto que, quem sabe ler, pode interpretar, compreender, produzir opinião, uma corrente de saberes infinitos.

Ler não é simples, não está restrito ao texto ou livro específico. Quando lemos, estão conosco nossas vivências, religiosidade, experiências, tabus, enfim, tudo aquilo que construímos historicamente como sujeitos. Dessa maneira, é necessário “despir-se” de tudo isso, para então, sem preconceito, entender aquilo que o autor escreveu, analisar, criticar e novamente de posse de tudo que você é, formar sua opinião, com embasamento teórico suficiente para defendê-la.

De certo que, sempre há tempo de se adquirir este hábito. Uma das formas de incentivo é encantar. Ao motivar alguém a ler, seja esta pessoa de qualquer idade, deve fazê-lo “viajar” no conteúdo. Quando contamos a história de um livro ou filme para alguém, se o fazemos contextualizando-a, revelando o motivo que fez aquele autor produzir, escrever, publicar, certamente, conseguiremos com que o ouvinte imagine as cenas e coloque-se naquele mundo, interessando-se pelo desfecho.

Agora, para aprender a ler, deve-se começar com pequenos trechos, com assuntos que mais chamam a atenção: futebol, carros, cultura. Iniciar, de alguma forma, talvez será massante e pesado; depois associa-se a leitura com o cotidiano, até mesmo com passagens da sua própria vida, dando significado àquilo que está fazendo e então, há a identificação.

Um leitor desenvolve maior qualidade nas relações interpessoais, pois consegue lidar com as adversidades, já que conhece muitas formas de se portar com o diferente. O que dizer, por exemplo, de “Os Sertões” de Euclides da Cunha que retrata a Guerra de Canudos, ou mesmo, de tantos outros clássicos, que apesar de ficção, ou não, trazem à tona discussões de temas atemporais, que corroboram para construção da erudição.

Finalizo, com a importância da Revista Cristo Rei como fonte imprescindível à formação humana, contribuindo com o crescimento cristão, de caráter, de bons sentimentos, de compaixão, de solidariedade, de amor ao próximo e o fundamental, de pensamento coletivo.

 

Lilian Aparecida Martin

Formada em Letras e Pedagogia. Especialista em Didática e Metodologia de Ensino e Metodologia do Ensino de Língua Inglesa. PDE - Memórias Literárias.

Professora de Língua Portuguesa pela rede Estadual de Ensino, atualmente na Equipe de Educação Básica do Núcleo Regional de Educação